O Concavo & Convexo
- 16/12/2024
Por Helio Vaz
Estamos lançando, em comemoração a um ano do “Instituto Socioambiental “Casa Verde”, uma edição especial (impressa), onde destacamos assuntos que merecem melhor avaliação, sobre a eficiência política e administrativa dos nossos governantes, no descuido nos setores de infraestrutura e mobilidade urbana, motivo pelo qual vem afetando consideravelmente o desenvolvimento econômico da região norte/nordeste de Santa Catarina.
Acompanhamos discursos inflamados sobre soluções de problemas que surgiram ao passar dos tempos, obviamente previsíveis de soluções, mas que, no entanto, não ultrapassam as fazes da teoria. O fato é que, enquanto alguns projetos não saem do papel, quem acaba sendo prejudicado é a população em geral.
“Vemos com clareza a discrepância entre o discurso político e a prática real, atos efetivos que levem a sério a real necessidade da região norte/nordeste de Santa Catarina”.
Lembramos alguns fatos que dificultam o cotidiano daqueles que convivem na região; A abertura do Canal do Linguado, Duplicação da BR:280, Contorno Ferroviário, Costa do Encanto, dentre outras falácias. Estamos falando de obras de suma importância para o desenvolvimento econômico e sustentável, narrativas (discursos eleitoreiros) que requer melhor ação política e administrativa, que vise o bem coletivo de uma população que vive travado no seu dia-dia à mercê da inercia e discursos políticos e vazios dos nossos governantes.
Inacreditável e incrédulo acompanhamos o governador Jorginho Mello, autorizar recentemente, estudos da construção de uma rodovia paralela com a BR:101, conhecida como o “Corredor Litorâneo Norte, rodovia “Via Mar” numa extensão de 145 KM, ligando Joinville ao Contorno Viário da Grande Florianópolis. Justificativa; “solucionar em definitivo os empasses que atrapalham o desenvolvimento econômico da região norte/nordeste de Santa Catarina”.
A fala do governador vai em desencontro com a realidade, já que as obras sem conclusão (Duplicação da BR:280, Abertura do Canal do Linguado e Contorno Ferroviário), dentre outras, seriam os reais empasses que travam o desenvolvimento econômico da Região Norte/Nordeste de Santa Catarina.
Realidade x Falácias
A realidade nua e crua, é que dentre as cidades mais prejudicadas na Região/Norte/Nordeste do Estado; Joinville, Araquari e Barra do Sul. São Francisco do Sul é a mais afetada. Existe um velho ditado que diz; “Quer mudar alguma coisa, comece por você”. Vemos discursos políticos que contrariam suas atitudes. Por isso pouca ou quase nada se muda.
São Francisco do Sul, a 3ª Cidade mais antiga do Brasil, desde 1935 é um arquipélago, mas, para aqueles que pouco se interessam por mudanças, continua sendo uma ilha. A cidade com um dos maiores potenciais turísticos do Brasil, tem caminhado em desencontro a sua maior tendência, graças a inércia dos nossos representantes políticos que até o momento não conseguiram enxergar sua capacidade, muito além do “Canal do Linguado. Aliás a muito tempo São Francisco do Sul, virou fundo de quintal das cidades vizinhas.
“São Chico, continua sendo uma cidade explorada e maltratada, servente e reduto eleitoral ao alcance de poucos”.
Concavo & Convexo
Não podemos aceitar como certo; vermos o “Corredor da morte” como é chamada o trecho entre o Porto de São Francisco do Sul & Araquari, continuar sendo ignorado – e achar normal o governo do estado bancar estudos de viabilidade de um outro projeto não menos importante, sem ao menos concluir a duplicação da BR:280, objetivando o mesmo motivo; “melhorar a mobilidade urbana, que atrapalha o Desenvolvimento Econômico da Região Norte/Norte do Estado”.
Não podemos aceitar como certo; A Câmara de vereadores de São Francisco do Sul, manter engavetado; “O projeto de revisão do Plano Diretor” por quatro anos, causando sérios prejuízos de expansão, econômico-social e financeiro ao município.
Não podemos aceitar como certo; vermos projetos e execução de revitalização de pavimentação de obras inconsistentes, indo em desencontro aos interesses da comunidade francisquense, como foi o caso do projeto eleitoreiro da Orla Marítima da Enseada.
Não podemos aceitar como certo; A AEGEA – contratar empresas para executar obras de escavação de valas para a implantação da Rede de Esgoto, e deixar por onde passa um rastro de diversos problemas, fazer o que quer, e a hora, que quiser, sem a preocupação de qualquer intervenção, nem cobranças política, muito menos administrativa.
Não podemos aceitar como certo; criar uma área de preservação permanente “Parque “Acarai” vermos, nada, ou pouca coisa sendo feita, como previa na teoria de um projeto expansivo e proibitivo. Muito menos aceitar como certo, funcionários da prefeitura, abrirem valas e desmatarem áreas de preservação permanente (Parque Acarai), sem a preocupação de serem penalizados pela infração.
Não tem fundamento, vermos qualquer planejamento, de construção de Obra de arte especial (Viaduto) ou instalação de Ferry Boat, entre Barra do Sul, sem pavimentar o trecho que liga o Ervino a Prainha.
Quer mudar alguma coisa, comece as mudanças por você, pare de criticar os políticos, avalie melhor as pessoas, nem todas as pessoas são iguais. Aprenda a separar o “Joio do Trigo”. Política não é apaixonamento. Quer mudanças, não continue a “trocar seu voto por um determinado artigo”, mas, se prosseguir, não reclame do resultado da sua ação, ignorante. Gastar mais de R$ 300 mil para eleger um vereador, pode ser normal para eleitores e políticos corruptos. Cá entre nós não...