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• 01/02/2025

“A Canga do Tempo”

Por Helio Vaz

Início do mês de fevereiro (01), vemos a hora e momento de pararmos para uma reflexão, baseando-se em uma retrospectiva do tempo. Para tanto buscamos alguns dados do início do século XX, mais especificamente, acontecidos de 2001 à 2025, sejam fatos ou boatos.

No entanto está reflexão não poderia acontecer sem buscarmos alguns acontecimentos lá no século XIX, os quais vieram a influenciar a vida das pessoas, positiva ou negativa atualmente. Nesta edição ESPECIAL do Instituto Socioambiental “Casa Verde” vamos relembrar alguns assuntos noticiados neste interim da “Canga do Tempo”.

Nossos comentários, trazem como referencias alguns fatores primordiais que influenciam no dia-dia de uma grande área populacional que sofre com a falta de mobilidade urbana e, com o Meio Ambiente. Os históricos relatados a seguir, você pode dar a sua opinião se vivemos dentro de uma realidade ou se o assunto virou uma “Lenda”.

“As informações da história do tempo, foram colhidas através de pesquisas da “Wikipédia” - A Enciclopédia Livre. Os textos postados em redes sociais, foram devidamente adaptados aos dias atuais”.

Impasses

Os dados colhidos pela redação, trazem informações resumidas, desde a colonização até os dias atuais das cidades envolvidas diretamente nesta história, destacamos; os municípios de Joinville, Araquari, Barra do Sul e São Francisco do Sul. Trazemos temas que merecem muito mais ação do que reflexão. Os assuntos de impactos socioambiental, que tem influenciado (afetado) diretamente a mobilidade urbana e a economia da região, além de prejudicar o cotidiano de milhares de pessoas. Os conteúdos publicados nesta edição, traz como destaque principal; Canal do Linguado, Duplicação da BR:280, Contorno Ferroviário, Costa do Encanto e Parque Estadual do Acarai.

Canal do Linguado

Fechado em 1935 o Canal do Linguado tem merecido destaque, devido as causas maléficas ao meio ambiente causado pela falta de vazão do canal. Os impactos negativos vão muito mais além da questão ambiental. Devido a sua posição demográfica ela implica nas obras(paradas) do Contorno Ferroviário e na Duplicação da BR:280, infraestruturas que implicam diretamente na mobilidade urbana e afeta consistentemente a economia. Recentemente, a Abertura do Canal foi destaque da imprensa regional e local. Este é um problema caótico que merece mais ação dos nossos governantes e menos falácia. Notícias sobre estudos ambientais e seus impactos com a abertura do Linguado, tem sido a tônica insistente de ambientalistas, acontecem esporadicamente, principalmente em véspera de eleições. Então, fica a pergunta, este cenário apresentado recentemente vai ter prosseguimento, ou continuaremos a ouvir “Estória da carochinha”.

Contorno Ferroviário

“Trecho de São Francisco do Sul”

Este projeto iniciado ainda em 2001 – teve a sua interrupção em 2003 – tem também, implicância sem uma definição concreta no trecho do Canal do Linguado. Não bastasse este empasse, a história mostra a falta de um projeto adequado e consistente. A ausência no projeto da obra, de um pateio de manobras, nas proximidades do Bairro do Paulas, exigiu mudanças (correção) no projeto original, (alteração de custos). Outro detalhe, foi o uso indevido do dinheiro público, com a compra de dormentes e trilhos fora de tempo de uso. Material este até hoje, estocado em local indefinido. Este fato até o momento não saiu do papel.

Duplicação da BR:280

O trecho da estaca zero (Porto de São Francisco do Sul), até a BR:101 em Araquari, continua sem conclusão, nem previsão de reinício das obras. A mudança de trajeto do projeto não foi o suficiente para a conclusão dos serviços. Esta obra de suma importância para o crescimento e desenvolvimento econômico da região norte/nordeste de Santa Catarina, sofre também a falta de decisão sobre o destino do Canal do Linguado.

Costa do Encanto

Este projeto originário do governo de Luiz Henrique da Silveira, é outro que teve impedimentos ambientais. O trecho que liga Itapoá a Vila da Glória, continua sem solução. São 21 anos de impasse criado por ambientalistas por causa de um possível sítio arqueológico. Esta obra que implica na mobilidade urbana, daria também maior suporte ao setor turístico da região. Acreditar na construção de uma Ponte ligando a localidade de Gibraltar (Joinville) ao Distrito do Sai, sem ao menos concluir 9,5 KM de pavimentação, é fugir da realidade. Seria mais um conto de fada, enfim, não custa sonhar. Quem sabe, se um dia o sonho torna realidade...

Parque Estadual do Acarai

Criado em 2005 com a finalidade de uma política direcionada, em especial para o turismo e o desenvolvimento sustentável. Desde a sua criação a unidade de conservação, pouca coisa ou quase nada foi feito.

Seus valores cênicos, biodiversidade, ecossistema costeiro, cuidado com as restingas, nada acontece. Nem ao menos se fala da história pré-colonial e colonial na região. Pelo contrário, o complexo hídrico existente na área formado pelo Rio Acarai/ Capivarú tem sido depredado. O assoreamento do rio, abertura de valas (irregular) e desmatamento (derrubada de arvores) estão a pleno vapor. A falta de compromisso do município com a proteção da natureza e preservação ambiental da unidade de conservação do Parque Acarai é visível.

Concluindo

Mais uma vez vemos com pesar a falta de atitude das nossas autoridades, muita fala e pouca iniciativa para resolver os problemas existentes na região norte/nordeste de Santa Catarina. Um exemplo é a cidade onde Santa Catarina nasceu, que parou no tempo. A muito tempo vive no “Volume Morto”. São Francisco do Sul, precisa ser repaginada. O setor turístico tem sido o mais afetado devido a deficiência na mobilidade urbana e, um planejamento consistente que aqueça o comercio o ano todo. Quanto aos projetos existentes que afeta milhares de pessoas, vamos acreditar que não sejam mais um “Conto do Vigário”. Desengavetar o “Plano Diretor” seria um grande avanço para a cidade e o povo francisquense.