​HOMENAGEM PÓSTUMA

• 12/04/2025

Por Helio Vaz

Publicamos recentemente uma matéria, falando sobre um grave problema pelo qual o povo “Povo Brasileiro” está passando. Momentos críticos de “AMNÉSIA “, uma decadência, que tem proporcionado sérias consequências para todos, resultando inclusive em perdas da vida de nossos entes queridos.

Por falar em amnésia lembramos o acontecido na madrugada de quarta-feira (09), com o senhor Paulo da Cruz Cunha, prestador de serviços no IFC – “Instituto Federal Catarinense”, o qual acabou sofrendo um acidente fatal ao atravessar a rodovia BR 280.

A direção do instituto, promoveu na sexta-feira (11) uma mobilização popular como forma de repudio pelo infeliz acidente que tirou a vida do vigilante. O ato serviu também para mais uma vez chamar atenção das autoridades políticas, sobre a demora da conclusão das obras da duplicação da BR 280.

O ato público previa o fechamento do trânsito por um período de no mínimo duas (02) horas, mas devido ao mal tempo a organização optou pelo fechamento por alguns momentos. Tempo suficiente para causar uma extensa fila de ambos os lados.

Vemos com muita tristeza, que ao passar poucos dias do acidente que ceifou a vida de mais um pai de família, a ocorrência está prestes a cair no esquecimento pela maioria das pessoas. Como diz o ditado “VIDA QUE SEGUE”.

Nós da imprensa registramos acontecimentos diversos, vivenciamos o dia-dia da população. Dentre as dificuldades encontradas, acompanhadas por nós, uma delas, sem sombra de dúvidas têm sido a falta de mobilidade urbana. O trânsito caótico no Brasil, infelizmente tem tirado a vidas das pessoas diariamente, muito mais do que mortes ocorridas numa guerra civil.

O trecho da rodovia Luiz Henrique da Silveira (BR 280), trecho entre São Francisco do Sul e Araquari, infelizmente tem sido responsável por uma boa parte das notícias onde registra-se acidentes fatais. Nos últimos anos, Araquari expandiu muito sua população e consequentemente aumento as moradias, barracões industriais, e junto com eles estão as pessoas e seus veículos. O resultado do trânsito de veículos leves e pesados, somados, principalmente a movimentação do setor portuário, torna a mobilidade urbana, lenta e caótica.

A homenagem póstuma prestada ao senhor Paulo, causou forte comoção a todos que ali estiveram presentes. Entretanto na continuação da vida, vem os questionamentos, “até quando este problema irá continuar (duplicação da BR 280). Até quando estaremos sentindo a falta de comprometimento dos representantes políticos e empresarial da região Norte/Nordeste de Santa Catarina.

Até quando estas mortes serão tratadas apenas como números. Quantos Paulos, Antônios, Josés e Marias precisam morrer para chamar realmente a atenção das nossas autoridades responsáveis por cuidar e proteger o cidadão. Este problema, não se trata de partido político. Este problema não é meu, nem seu, é de todos nós. O projeto da BR 280 – precisa sair da teoria e discursos vazios, para a verdadeira prática. S.O.S...